sexta-feira, 6 de novembro de 2009
O Reino da Pele - Contador Borges
Imerso em treva
o corpo
cada vez mais leve
vai ao fundo
de tudo
além de seu termo
difuso
anatômico
mais perto (quem
sabe do Hades?)
onde nem
a linguagem
alcança
a diminuta
sombra
do sonho indelével
de quando
a regra era a pele
sob o império
dos toques
e as marés internas
do vermelho ao púrpura
seu maior alicerce.
Quando se morre
o estômago
é a primeira parte
que se dissolve
mas e os olhos?
sei que se fecham
e sob as pálpebras
(relaxadas)
se dilatam
mas as imagens
de que são feitos
as palavras
também não voltam
ao lugar
de onde vieram
somente os ossos
respondem
ao encanto
como um poema
em branco.
p 24-25
o corpo
cada vez mais leve
vai ao fundo
de tudo
além de seu termo
difuso
anatômico
mais perto (quem
sabe do Hades?)
onde nem
a linguagem
alcança
a diminuta
sombra
do sonho indelével
de quando
a regra era a pele
sob o império
dos toques
e as marés internas
do vermelho ao púrpura
seu maior alicerce.
Quando se morre
o estômago
é a primeira parte
que se dissolve
mas e os olhos?
sei que se fecham
e sob as pálpebras
(relaxadas)
se dilatam
mas as imagens
de que são feitos
as palavras
também não voltam
ao lugar
de onde vieram
somente os ossos
respondem
ao encanto
como um poema
em branco.
p 24-25
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