Fátima Venutti
Ao entrar em casa, meu corpo ainda estava eufórica pelas sensações de prazer que acabara de receber. Evidências de um desejo ilimitado, acumulado, pulsante em nossas mentes e corpos desejosos.
Inocência minha creditar que um banho seria capaz de apagar, minimizar aquele fogo de desejo que transpirava por cada poro de meu corpo. Suor, sumos, odores, calores: a prova definitiva deste desejo ficara gravada em minha calcinha... Ao vê-la ali, totalmente encharcada de sumos e suores, voltei meus pensamentos para você e, como o faria, deixei-me embriagar pelo aroma e pelo toque, a viscosidade de pequenos presentes que você recebera, mas que egoisticamente permaneciam comigo.
A água a escorrer pelo corpo que você há pouco tocara melindrosamente, polia ainda de desejos, tesões e vontades... simplesmente impossível abrandar este "fogo".
Perdera o sono no meio da noite. Ainda com os olhos fechados, tentava, a qualquer custo retomar o descanso da mente, do corpo anestesiado por tanto prazer. E permaneci assim por quase uma hora, até que me entreguei às sensações de prazer que insistiam em me consumir.
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...A menina trajava somente uma calcinha de algodão branca, confortável e apropriada para seus sonhos. Mas seu corpo iniciou um bailado de suores e calores e ela sentia a necessidade intensa de tocar seu corpo, vagarosamente. As mãos espalmadas seguravam firmes seus pequeninos seios, brincando com seus bicos, intumescidos. Começou a descer as mãos pela cintura e abrigou-as em seu sexo, dedilhando-o. Tamanha foi sua surpresa ao se revelar tão úmida, calorosa e ainda, seus lábios vaginais com um volume assustador.
Foi então que de repente, sentiu, ainda de olhos fechados, duas mãos macias e calorosas a se deixarem preencher por seus seios. Seu desejo tornou-se muito maior que seu medo. Deixou-se levar por aquelas carícias tão esperadas. Então, sentiu um homem debruçar seu rosto por entre seus seios e ali permaneceu a sentir o aroma de sua pele, o calor e a pulsação acelerada de seu coração tamanho desejo que exalava.
Olhos ainda cerrados percebeu que era o "seu" homem: aquela sensação de aspereza causada pela barba por fazer eram marcas já registradas em seus sentidos e que ela tanto apreciava. Foi aí então que todo o seu corpo se acendeu e desencadeou um bailado de prazeres guardados há muito tempo e desesperados por finalmente estarem libertos daquela prisão.
Deliciosamente ele foi buscar seu sexo. Sabia que ele já estava incendiado, lábios rígidos de tanto prazer. Ela enlouqueceu quando o calor que sua saliva, língua e respiração iniciaram viagem pelo seu interior. Sentia escorrer por dentro o rio de sumos tão guardados a percorrer sua vagina tempestivamente. Uma avalanche de gozos.
Resolveu abrir seus olhos e teve a visão de estar num campo verde, o sol a se pôr atrás da colina tal qual se mostrava um quadro, uma pintura, tamanho o dégradé de verde que se apresentava.
Repentinamente, seu homem levantou seus olhos e, mirando-a com tamanha doçura, fez um gesto delicado para que ela se virasse de costas. Ela estava completamente ensandecida com tamanho prazer e situação. A visão do lugar, a maciez da grama que abrigava seu corpo nu, o som da mata que invadia seus ouvidos e as mãos de seu homem a percorrerem todas as suas curvas, na busca de seus sentidos mais volúveis, porém relicários.
Ela fechou novamente seus olhos e sentiu seu amado a penetrar por trás com tamanho desejo que, apesar de quase desmaiar de êxtase, buscava as sensações de luxúria que aquela posição sempre lhe proporcionava: a umidade de sua vagina, engolindo todo o órgão de seu Rei. O vai-e-vem destemido e frenético... às vezes vigoroso, às vezes delicado... Esta era a chave para o seu êxtase pleno. Ele sabia como lhe tocar, como encontrar o ápice de seu prazer e fazê-la explodir em gozos animais. Era exatamente isso que ele buscava: os gozos de sua amada, de sua Rainha.
E assim ela lhe presenteou, como uma fêmea no cio; a sensualidade explosiva da dança de suas ancas, na visão maravilhada de seu amado... Foi quando ele não foi capaz de suportar mais o calor que sentia em seu pênis, vendo os lábios de sua amada beijando-o efusivamente, ele sentiu seu gozo a iniciar um caminho sem volta. Sua mente e corpo acenderam-se numa enorme tempestade de prazer e assim ele gozou. Ela sentiu a umidade quente e abrasiva de seu sumo e entrou em delírio, suas mãos apertavam firmemente as mãos de seu homem num ritual de gemidos e prazeres infinitos. Ali ela se incendiou.
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O relógio despertava, chamando-a para aquele novo dia. Ela abriu preguiçosamente seus olhos, percebeu a claridade adentrando seu quarto, iluminando sua cama, seu mundo. Despertou, lembrou de seu sonho e se tocou: estava completamente banhada pelo gozo de seu homem.
Por que acordamos dos mais belos sonhos? São eles sonhos? Para que acordamos disso?
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